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sexta-feira, julho 27, 2007

Um Leão no Inverno

Peguei na ponta dos filmes mais importantes que vi e que para sempre me marcaram e como afinal como em muitas coisas na vida, falar de cinema é como comer cerejas.

Talvez este fosse um filme vulgar de não tivesse Katharine Hepburn no elenco. Em 2003 foi feita uma nova versão com Glenn Close que também vi, mas não é a mesma coisa.

Como Hepburn ainda não vi ninguém. Meryl Streep talvez próxima, mas há qualquer coisa que ainda não tem, talvez em grande filme.

As cenas entre ela e Peter O'Toole, são arrepiantes, transcendem o simples desempenho, a sua relação de amor ódio é o "absoluto desempenho" a nota 10, não há mais na escala humana.

Ficha Técnica
Título Original: The Lion in Winter
Género: Drama
Tempo de Duração: 134 minutos
Ano de Lançamento (Inglaterra): 1968
Estúdio: Haworth Productions
Distribuição: Embasy Pictures Corporation
Direção: Anthony Harvey
Roteiro: James Goldman
Produção: Martin Poll
Música: John Barry
Direção de Fotografia: Douglas Slocombe
Desenho de Produção: Margaret Furse
Direção de Arte: Peter Murton
Edição: John Bloom


Elenco
Peter O'Toole (Rei Henrique II, da Inglaterra)
Katharine Hepburn (Eleanor de Aquitânia)
Anthony Hopkins (Príncipe Richard)
John Castle (Príncipe Geoffrey)
Nigel Terry (Príncipe John)
Timothy Dalton (Rei Filipe II, da França)
Jane Merrow (Princesa Alais)
Nigel Stock (William Marshall)


Sinopse
No Natal de 1183, o Rei Henrique II da Inglaterra (Peter O'Toole) promove uma reunião de família com seus três filhos e até mesmo com a Rainha Eleanor da Aquitânia (Katharine Hepburn), de quem ele está separado há vários anos e a mantém detida em um castelo distante, para impedir que ela interfira politicamente no seu reino.
A razão deste encontro é para decidir quem o sucederá no trono. Enquanto ele prefere o filho mais novo, a Rainha deseja que o mais velho herde o poder, mas os três filhos não se importam com as preferências de seus pais e cada um planeia ser o próximo rei. Este quadro gera diversas maquinações e alianças dentro da família real, onde o poder é a única coisa, que realmente importa .


Prémios
- Ganhou 3 Óscars: Melhor Atriz (Katharine Hepburn), Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Trilha Sonora. Recebeu ainda outras 4 indicações: Melhor Filme, Melhor Director, Melhor Actor (Peter O'Toole) e Melhor Figurino.

- Ganhou 2 Globos de Ouro: Melhor Filme - Drama e Melhor Actor em Drama (Peter O'Toole). Recebeu ainda outras 5 indicações: Melhor Actriz em Drama (Katharine Hepburn), Melhor Director, Melhor Actriz Coadjuvante (Jane Merrow), Melhor Trilha Sonora e Melhor Roteiro.
(retirado de http://adorocinema.cidadeinternet.com.br)
2 pequenos vídeos no primeiro uma cena com o seu filho preferido o futuro Ricardo Coração de Leão.
No segundo um trialer sobre o filme

quinta-feira, julho 26, 2007

A cor púrpura

Não posso esquecer este filme, nem deixar de o considerar um dos filme da minha vida.
Vi-o há já uns anos, num cinema em Sesimbra, numa época de férias, acompanhado da minha filha, ainda muito jovem.
Sou naturalmente "muito alérgico", a filmes, ópera, teatro, que toquem nas coisas da vida a que sou mais sensível, a prepotência, a injustiça, a violência exercida sobre quem não se pode defender, normalmente crianças ou idosos.
Nesse filme foi demais, eu e a milha filha passámos o filme a chorar, quando acabou a nossa cara revelava bem o quanto tínhamos sofrido .
Lembras-te Nani ?

Ficha Técnica

Título Original: The Color Purple
Ano de Lançamento (EUA): 1985
Direção: Steven Spielberg

Sinopse
Georgia, 1909. Em uma pequena cidade Celie (Whoopi Goldberg), uma jovem com apenas 14 anos que foi violentada pelo pai, se torna mãe de duas crianças.

Além de perder a capacidade de procriar, Celie imediatamente é separada dos filhos e da única pessoa no mundo que a ama, sua irmã, e é doada a "Mister" (DannyGlover), que a trata simultaneamente como escrava e companheira.

Grande parte da brutalidade de Mister provêm por alimentar uma forte paixão por Shug Avery (Margaret Avery), uma sensual cantora de blues. Celie fica muito solitária e compartilha sua tristeza em cartas (a única forma de manter a sanidade em um mundo onde poucos a ouvem), primeiramente com Deus e depois com a irmã Nettie (Akosua Busia), missionária na África. Mas quando Shug, aliada à forte Sofia (Oprah Winfrey), esposa de Harpo (Willard E. Pugh), filho de Mister, entram na sua vida, Celie revela seu espírito brilhante, ganhando consciência do seu valor e das possibilidades que o mundo lhe oferece.


Lets look a trailler

domingo, julho 22, 2007

Aime-vouz Brahms ?

Há medida que me vá lembrando, vou recordando os filmes que mais me marcaram.

Quem se lembra há uns anos dum filme "Aime-vouz Brahms ?" (1961), baseado numa obra de Françoise Sagan, com Yves Montand, Anthony Perkins e Ingrid Bergman.

A música tema desse filme era exactamente este terceiro movimento da 3ª Sinfonia de Brahms, que teve o condão de mostrar a beleza dos caminhos da música, a um jovem e inconsciente teenager.

Depois Brahms, um verdadeiro romântico, um dos últimos, não só na história da música como também na vida real, mais o seu impossível amor pela viúva de Schumann, ajudaram a criar este monstrozinho romântico chamado eu. (Talvez também o Tony de Matos)

Sentido de humor à portuguesa

Foi assim que começou o nosso tradicional sentido de humor

(publicado no meu blogue
http://domsanchoprimeiro.blogspot.com)

Se a designação do cargo de alferes mor do reino, correspondia ao do chefe de Estado maior, comandante geral dos exércitos do nosso tempo, o cargo de mordomo-mor existia no equivalente ao do chefe da casa civil de hoje.

Muito embora não se possa neste caso da mordomado, apontar a mesmo causa para a remodelação que aconteceu no Reino, após o desastre de Badajoz, o certo é que também a remodelação aconteceu, embora em data anterior ao assalto a Badajoz.

Foi nomeado Vasco Sanchez de Barbosa como mordomo do rei Afonso sendo ao mesmo tempo nomeado em paridade o mordomo do infante Sancho, por acaso cunhado de Vasco, de nome Pedro Fernandes de Bragança, curiosamente ambos oriundos de famílias com ascendência galega, reforçando a tendência que se irá observar até à morte de D.Afonso de maior aproximação à Galiza.

A partir pois de 1169 irá assistir-se a uma mudança no predomínio das famílias aristocráticas junto do poder real que deixa antever, que a convivência entre elas não seria com certeza fácil, mesmo atendendo ás aproximações que diversos casamentos haviam minimizado.

Para ilustrar a dificuldade de convivência, entre os dois mordomos, recorde-se um episódio compilado dos livros de linhagens, no qual o pai de Pedro, um tal Fernão Mendes, conhecido como o Braganção, levara a cabo uma das vinganças mais insólitas nesses livros relatadas.

Um dia despeitado porque o pai do Vasco e um tal Gonçalo Mendes de Sousa, tinham troçado dele por lhe ter escorrido um fio de natas pelo queixo abaixo, jurou vingar-se promovendo um castigo exemplar aos risonhos pares do reino.

Exigiu a D.Afonso Henriques que lhe concedesse a mão da irmã Teresa Henriques, que estava casada com o pai do Vasco, Sancho Nunes de Barbosa, enquanto a Gonçalo Mendes de Sousa se "limitou" a arrasar-lhes os domínios.

Sabe-se que D.Afonso Henriques autorizou a transferência de mulher entre ambos.

Pode então adivinhar-se a tensão existente entre os dois mordomos, mas mais do que isso importa reflectir na importância do papel das famílias e do seu poderio, junto do rei.

Permanece porém insondável a nossos olhos, o papel de D.Afonso na gestão destas influências mas sobretudo ameniza em muito a visão "absolutista", que poderíamos ter do nosso primeiro rei.

quarta-feira, julho 18, 2007

Não gosto do Saramago, mas ...

Não simpatizo com José Saramago, não sou especial adepto da sua escrita, muito menos do seu ar embirrante nem daquele ar pedante e superior que ostenta sempre que fala para a "plebe" que o escuta. (Saudades de Agostinho da Silva ou Nemésio, seres verdadeiramente superiores na sua simplicidade).

Porém, há ainda outra coisa com que embirro mais, o defeito bem português, de ser incapaz de manter uma discussão, no seu verdadeiro nível dialéctico, quero dizer manter a discussão dentro dos limites do que realmente se está a discutir, sem a utilização deliberada, acho eu, de argumentos laterais, que não dizem respeito ao assunto em discussão.

Isto a propósito da famosa entrevista que Saramago deu ao DN, onde ele prevê a hipótese de no futuro, Portugal ser integrado numa eventual Ibéria, tornando-se mais um dos "estados" que hoje constituem esta Península.

Não consegue descortinar-se se Saramago deseja isso, pode até pensar-se que sim, mas o facto é que não o diz, emite apenas uma opinião do que pode vir a acontecer no futuro.

De imediato muita vozes se levantaram, atacando-o, como se Saramago tivesse defendido a integração de Portugal, "chico espertismo" intelectual, digo eu para parecer bem na comunidade portuguesa.

Não vem a propósito mas utilizando a regra nacional da discussão lateral, até posso "argumentar "que ele até paga os impostos em Portugal e não quer pagar em Espanha, sinal que gosta mais de nós.

Ofensa deliberada a Portugal e ao irmão povo Galego fez ele há dias, quando ali discursou em castelhano, depois de lhe terem dito que o podia fazer em Português pois toda a gente o compreenderia.

terça-feira, julho 17, 2007

Sobre o tempo que passa

(Algumas passagens da entrevista a José Adelino Maltez, pode ler-se toda a entrevista no seu blogue, "Sobre o tempo que passa" )

Entrevista de Ana Clara

Para efeitos de arquivo, junto deixo entrevista de Ana Clara, hoje publicada em "O Diabo". A entrevista foi concedida por telefone e o trabalho de composição cabe à jornalista, incluindo algumas transcrições não sujeitas ao corrector ortográfico.

O DIABO — O Presidente da República avisou na semana passada «alguns agentes dos poderes públicos» para terem «cuidado com as suas atitudes» e defendeu que é preciso dar «mais qualidade à democracia». A democracia está podre?
ADELINO MALTEZ — A nossa democracia não tem culpa de tão maus serviçais que vai tendo.
Qual é o problema?
Estamos perante uma espécie de recorrência. Parece que vivemos inspirados pelo antigo Presidente da República da Checoslováquia, Václav Havel, que teorizou uma categoria de regime que qualificou como o sistema pós-totalitário, em que tinham sido eliminados os sinais exteriores de repressão — sem pessoas presas em campos de concentração, por exemplo — mas permanecia um subsistema de medo.

E esse subsistema de medo está patente na nossa democracia?
Não tenho dúvidas nenhumas. É o que está a acontecer nesta sociedade aberta e na democracia. Tivemos séculos de Inquisição. Deitámos fora a Inquisição e ficou o «bufo».

Ficou o «bufo» em que sentido?
Um «bufo» que teve vários nomes, como a PIDE, por exemplo. Há bufos à esquerda, à direita, como houve saneamentos gonçalvistas, promovidos pelos informadores e delatores, em nome daquilo a que se chamava a vigilância revolucionária e que, no fundo, não passava de uma guerra de invejas. Tivemos mais de 40 anos de autoritarismo salazarista, tivemos saneamentos gonçalvistas. Todos eles deixaram subsistemas de medo.

E esses subsistemas de medo ainda estão presentes em quê? Como se eliminam?
Está tudo vivo. A forma de se eliminar este subsistema de medo não é com os discursos do Presidente da República.

Então é como?
É com Educação.

(.....)

Como é que se pode explicar todo este clima de intimidação e medo que existe no País contra o Governo?
O que temos em Portugal é uma espécie de «Cavaquinhos».

«Cavaquinhos»?
Sim, que agora são também os «Socratinhos», os «Correias de Camposinhos» e que são os micro autoritarismos subestatais. A principal doença desta recuperação de subsistemas de medo está na repercussão como cogumelos de pequenos déspotazinhos caseiros.

«Chefinhos mais papistas que o Papa»
E é isso que temos neste momento em Portugal?
Sim. Micro-autoritarismos subestatais onde há «chefinhos» mais papistas que o Papa.
(...)

É a velha história do País de cunhas?
É o País de cunhas e ideologicamente com processos mentais inquisitoriais. Cheguei a ter nas minhas aulas bufos, estudantes, membros do Conselho Directivo, que iam fazer o relatório ao chefe por eu criticar algo. É o tal micro-autoritarismo subestatal e subsistema de medo de que falei.

O que falta então para termos em Portugal uma verdadeira reforma do Ensino que modifique todos esses problemas?
Ao contrário do que pode parecer, espero que haja coragem, que se aplique esta lei imediatamente, que se leve até ao fim algumas medidas, que se as corrija e, depois, em vez de se chamar um desses juristas que são os «pais» do pronto-a-vestir das leis portuguesas, que se ponham as pessoas num curso rápido de pluralismo.

Isso mudaria muita coisa?
A Universidade deve ser uma espécie de confederação, os sistemas jurídicos e o pronto-a-vestir, que a maior parte do positivismo dominante tem, é suicida. Podemos ter geometrias variáveis, fundações juntamente com faculdades clássicas, ou uma confederação como na confederação helvética onde cantões ainda têm o braço no ar e outros são altamente complexos.

«É preciso acabar com a «empregomania»
E as Fundações?
Recordo que as Fundações apareceram no ordenamento jurídico português com Ferra de Correia que sabia umas coisas de Direito Internacional, com Marcelo Caetano e o próprio Salazar escreveu o diploma. O que temos aqui é falta de técnica bem feita e de chamadas de pessoas. Além disso é preciso acabar com a «empregomania».

Esta a falar dos conhecidos «tachos»…
A maior parte deste conceito está todo a ser ultrapassado por causa da empregomania. Na minha Faculdade, por exemplo, em 200 docentes, despedia 100 e faria melhor. E em vez dos 50 por cento de «netos» que lá existem, abria um concurso público para 25 por cento. O País está a deitar fora o melhor dos seus jovens. Porque não há concursos públicos reais. 90 por cento dos concursos públicos da Universidade portuguesa são todos com fotografia para resolver a endogamia. E o Estado é o patrão disto tudo. Temos uma endogamia de cunhas mal fabricadas, concursos por fotografia onde se prejudica a competência e a sociedade aberta pelo sistema do «cartão Jota» e do «cartão pré-Jota». Continuamos a enganar o povo e a tratar mal o dinheiro dele.

Há quem diga que há lóbis na sociedade portuguesa que acabam por minar as decisões do Governo e que são um travão ao desenvolvimento económico. Concorda?
Nós temos um lóbi em Portugal: que é o lóbi dos bufos! Que tanto serve à esquerda como à direita. No meu caso, cheguei a um patamar em que já não posso ser mais promovido e digo o que penso. A maior parte das outras pessoas estão sujeitas a sistemas de pressões que impedem aquilo que é a grandeza de Portugal.

E qual é a grandeza de Portugal?
Produzimos uma coisa fundamental para promover o País. Durante séculos e séculos quem se sentia mal com este sistema de repressão capitaleira e castóive, mudou e, felizmente, mudaram 100 milhões de portugueses ao longo destes últimos tempos.

E que 100 milhões de portugueses foram esses que mudaram?
Os 100 milhões que se foram embora para o exílio, que construíram novas Pátrias, livres deste controlo. O grande problema de Portugal é que temos um sistema governamental e institucional de repressores que não sabem lidar com o português à solta. É preciso recuperar o português à solta porque ele fez coisas grandiosas na emigração…

Mas porque é que há este medo em Portugal de denunciar e dizer o que se pensa?
É um sistema de medo inquisitorial. Vou dar o caso do blogue «Do Portugal Profundo». O pobre António Balbino Caldeira abriu o esgoto. Mas tem um advogado que apareceu mediaticamente a dizer asneiras. Mesmo uma causa nobre acaba por ser destruída devido às teorias da conspiração. Brinca-se com a honra das pessoas. Por exemplo, eu posso criticar o Paulo Portas mas não posso dizer o que dizem dele às escondidas porque a maior parte das pessoas que diz mal de Portas tem é inveja. Não se pode dizer o que se anda agora a dizer de José Miguel Júdice. Porque precisamos de muitos Portas e de muitos Júdices. Marx inventou como energia da História uma coisa chamada luta de classes, e esqueceu-se — como dizia Friedman — do principal motor da História nas cidades atrasadas, que é a luta de invejas. E o que temos em Portugal é uma crise psicológica profunda que é a inveja, a delação, a bufaria que impede o que faz progredir uma sociedade: avaliação pelo mérito, competição, pluralismo e que ganhe o melhor.

«Que Sócrates cumpra o referendo que prometeu ao povo»
O que espera destes seis meses da Presidência portuguesa da União Europeia?
Espero, como bom patriota, que o Eng.º Sócrates faça aquilo que prometeu internacionalmente. Consiga o Tratado Constitucional conforme o mandato, porque não é José Sócrates que está em causa, é Portugal. E cumpra o que prometeu ao povo que é um referendo.
(...)

Que consequências vão resultar desta reforma?
Nós precisamos é de uma grande reforma do sistema político. A democracia já está velhinha e, enquanto mantivermos algumas vacas sagradas no sistema, isto não funciona. Defendo o sistema misto alemão. Mas o problema não está aí.

Então onde é que está o problema?
Está numa coisa simples. Devíamos estar a discutir se devia haver ou não uma segunda Câmara. E mais: o que estamos a precisar é de mudar a capital do País para percebermos que isto já não é a cabeça de império.

Para onde?
Tenho feito essa proposta. O Parlamento passaria para o Porto, o poder judicial para Coimbra e outras coisas também podiam ser espalhadas. A cidade de Lisboa é a principal vítima de ser capital. Devíamos perceber que isto não vai lá com os discursos do costume. Temos que orientar o País como os reis povoadores fizeram, isto já não vai lá com panos quentes. E proponho a mudança da capital, como a Holanda e a Suíça mudaram. E repartir as funções. Recuperarmos as formas como criamos Portugal, com reis povoadores, capital ambulante e distribuição do Parlamento pelos sítios. As Cortes nunca foram sempre em Lisboa. As melhores cortes do País foram em Coimbra. O Porto merecia e isso não custava muito. Ter a sede do Parlamento no Porto teria uma forma simbólica notável.

Ajudava a construir o projecto colectivo mobilizador?
Ajudava a construir um Portugal menos capitaleiro. E a pior coisa para Lisboa — como se viu na campanha autárquica — é o estadão capitaleiro que está a destruir a cidade. Até temos ministros desempregados…candidatos em Lisboa, completamente apagados.

Como viu a campanha para as eleições na CML?
Lisboa é o espelho do País e o espelho da democracia.

Deficio e ser vige


Acho irresistível esta foto que me mandaram, ao mesmo tempo fico muito mais tranquilo por ser Touro, ou pelo menos com a vida muito mais facilitada.

sábado, julho 14, 2007

A Eva tem um lóbi e a CP abranda

Fonte muito credível assegurou-me que tanto o comboio Intercidades como o Pendular que circulam na linha do Sul, pelo menos entre o trajecto Lisboa/Faro e vice-versa, são obrigados a queimar 35 minutos em cada viagem, por força da pressão do lóbi da empresa de camionagem EVA, que isso impôs à CP em nome dos seus interesses.

Quer dizer que na prática os comboios que fazem aquele trajecto, têm que andar a "passo de caracol", para perderem 35 minutos nesse percurso, por forma a equipararem a duração da viagem aos interesses da Eva.

Assim aconteceu-me ter absorvido , mais uma lição sobre economia de mercado e livre concorrência.

Temos todos já sei, uma pergunta a escorrer-nos pelos beiços da ignorância, será assim também quando houver o Comboio, de ainda mais alta velocidade ?

domingo, julho 08, 2007

Há formas novas de vender

Novas formas de vender, utilizando manteiga, ou graxa que vai dar ao mesmo. Encontrei este comentário, no meu blogue sobre a época de D.João V.

Como muito bem compreendo, só muito raramente, um ou outro amigo, coloca uma notazinha, para animar.

Quem escolhe blogues temáticos sobre História, num País onde as pessoas costumam comentar, que não gostam de História, porque não têm nada que se meter na vida dos outros, não é de estranhar.

Desta vez tive sorte, alguém gostou da minha nota sobre concertos de Bach. Como prémio da sua preferência aproveita para ver se me vende uma camisolita

Oi, achei teu blog pelo google tá bem interessante gostei desse post. Quando der dá uma passada pelo meu blog, é sobre camisetas personalizadas, mostra passo a passo como criar uma camiseta personalizada bem maneira. Até mais.

quarta-feira, julho 04, 2007

Sem Névoa nos olhos

A notícia é clara, os amigos de Domingos Névoa, promovem hoje um jantar de desagravo ao administrador da Bragaparques, que está injustamente a ser julgado na praça pública, segundo os ditos amigos.

Começo por lhe dizer que fiquem descansados, em breve vai mesmo ser julgado, dentro de portas e, espero eu, seja feita justiça.

Alegam que é injusto ser julgado, porque sempre trabalhou de sol a sol, um homem que vindo do nada (mais uma fortuna das que me comovem), construiu um grupo económico, que dá emprego a 2 mil pessoas.

Todos juntos os amigos do sr Nódoa de Braga, representam 80% do PIB regional, incluindo o cónego Melo também figura regional de extrema direita.

Queixam-se dos julgamentos em praça pública, como se a opinião pública não falasse doutra coisa que do senhor Domingos.

Ao contrário são esses senhores que procuram pressionar a opinião pública e os tribunais como esse jantarinho, não esquecendo claro de apimentar o petisco com o toquezinho muito utilizado, da grande Lisboa não aceitar que uma empresa de Braga se distinga.

Tudo isto está muito visto, mas apetece-me fazer uma pergunta, alguma das suas inúmeras qualidades, se é que as têm, podem ocultar o facto de estar indiciado duma prática criminosa de suborno ?

Se a Madre Teresa de Calcutá, senhora de inúmeras qualidades , num dia de desvario, tivesse morto uma pessoa, deveria, só pelo seu passado ser absolvida desse crime ?

Deixemos então que a Justiça faça o seu trabalho.