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sexta-feira, dezembro 24, 2010

As manas adúlteras e a terceira que avisava o polícia

O caso da Torre de Nesle foi um escândalo de adultério perpetrado por duas princesas francesas, Margarida de Borgonha e Branca de Borgonha, respectivamente esposas dos futuros reis Luís X de França e Carlos IV de França.

Por razões de estratégia política Filipe o Belo casou três dos seus três filhos varões, com três nobres das duas casas da Borgonha:

* Luís, em 1305, com Margarida da Borgonha, também uma capetiana da casa ducal da Borgonha, filha de Roberto II, duque da Borgonha, e de Inês de França, filha de São Luís
* Filipe, em 1306, com Joana de Borgonha e Artois, da casa dos condes palatinos da Borgonha, filha de Matilde de Artois e Otão IV da Borgonha
* Carlos, em 1308, com Branca da Borgonha, também da casa dos condes palatinos da Borgonha, irmã da anterior

As três princesas destacavam-se pela alegria e charme na corte austera de Filipe IV. A sua elegância e coqueteria deu origem a rumores de receberem jovens amantes, mas sem haver provas deste comportamento.

Em Abril de 1314, a visita da cunhada destas, Isabel de França, rainha consorte de Inglaterra, viria alterar a situação.

Numa festa, Isabel notou que dois cavaleiros da casa real usavam bolsas de cintura semelhantes às que ela própria oferecera às cunhadas Margarida e Branca alguns meses antes. Relatou o acontecido e apontou os irmãos Filipe e Gautério de Aunay ao seu pai Filipe IV de França.

Este ordenou um interrogatório, no qual as suspeitas foram confirmadas: Filipe de Aunay era amante de Margarida e Gautério de Branca. Os encontros amorosos tinham lugar na Torre de Nesle durante o Não foi apontado qualquer amante a Joana, mas mesmo assim foi implicada no caso por ter conhecimento dos adultérios e ajudar a encobri-los. Presos, os irmãos Aunay resistiram mas acabaram por confessar, tal como depois as suas duas amantes reais.

Julgados e condenados por crime de lesa-majestade, a 19 de Abril foram supliciados e executados em praça pública em Pontoise. O suplício foi particularmente cruel: esquartejados vivos, os seus sexos cortados e lançados aos cães; por fim foram decapitados. Os seus corpos foram arrastados e depois pendurados pelas axilas.


Com tão importantes implicações políticas, o castigo devia ser exemplar. As duas princesas tiveram os seus cabelos rapados, um humilhante desfiguramento e marca física do seu crime de adultério. Vestidas de preto, foram conduzidas em uma carruagem coberta de panos negros a Château-Gaillard, em Les Andelys, na Normandia.

Depois da morte de Filipe IV ainda no mesmo ano, e da subida do seu esposo Luís X ao trono da França, Margarida, que ocupava um quarto aberto aos ventos no topo da torre, foi encontrada morta a 30 de Abril de 1315. Segundo algumas versões terá sido estrangulada a ordens do seu marido, mas as condições do seu encarceramento já eram propícias a uma morte prematura.

Branca da Borgonha, esposa do irmão mais jovem e não do herdeiro do trono na época, beneficiou de um tratamento mais favorável, tendo ficado aprisionada na cave da fortaleza durante sete anos.

Depois da morte dos dois irmãos de Carlos IV, sem deixarem um herdeiro varão, segundo a lei sálica este subiu ao trono da França a 3 de Janeiro de 1322.

Tendo solicitado a separação da esposa ainda prisioneira, a 19 de Maio o papa João XXII anulou o matrimónio por razões de consanguinidade. Branca obteve então autorização para abandonar a sua prisão e tomar o hábito de religiosa, passou o resto dos seus dias na abadia de Maubuisson, perto de Pontoise, onde morreu a 29 de Abril de 1326.

Portanto Branca foi raínha de França na prisão entre 3 de Janeiro e 19 de Maio de 1322

A terceira princesa, Joana de Borgonha e Artois, foi encarcerada em Dourdan por ter guardado segredo das infidelidades das outras duas. Sustentada pela sua mãe Matilde de Artois, reconciliou-se com o seu marido e tornou-se rainha de França em 1317. Dois anos depois terá pedido, e recebeu, como presente do esposo, a Torre de Nesle

domingo, dezembro 12, 2010

A morte violenta dum rei homossexual

Eduardo II de Inglaterra, foi sempre um rei pouco interessado nas coisas da governação, mas muito amigo de diversões, caçadas e ... homens. A sua homossexualidade era evidente desde os primeiros tempos de juventude e que teria levado seu pai Eduardo I a exilar para a Gasconha um tal Piers Gavestone, que era considerado amante do futuro rei.

Naturalmente que assim que Eduardo II subiu ao trono, logo mandou regressar à corte o seu apaixonado.Odiado pelos seus pares, Gaveston foi exilado mais duas vezes, apenas para ser chamado de volta assim que Eduardo II considerava prudente.

Acabou assassinado em 1312.

Longe de se pensar que tenha sido o amor seguinte do rei, aparece em cena Hugh Despenser, que para além do título de amante real, passou a cuidar da governação em nome do rei, que não estava para ai virado.

Ambos casados por eventual encenação acabou a rainha con...sorte Isabel a pretexto de negociações com o rei de se retirar para França , aproveitando para fazer uma aliança com Roger Mortimer, começando a planear uma invasão.

Supostamente Hugo tentou sobornar francêses para que assassinassem Isabel, mandando barris de prata como pagamento.

Roger Mortimer e a rainha invadiram a Inglaterra em outubro de 1326. Suas forças contavam em princípio só com uns 1.500 mercenários mas a maioria da nobreza foram se lhes juntando ao longo de Outubro e Novembro.

Os Despensers fugiram para oeste com o rei, com uma soma considerável do tesouro real. Mas a sua fuga não teve sucesso. e foram capturados em meados de Novembro

Despenser foi julgado e condenado e executado em 24 de Novembro de 1324 tendo sido
os restos do aristocrata sido encontrados na década de 1970 num fosso da Abadia de Hulton, no condado de Staffordshire.

Com o rei preso a regência de Isabel e Mortimer era precária. Em 3 de Abril, Eduardo II foi removido de Kenilworth e levado para o Castelo de Berkeley, em Gloucestershire, onde acredita-se, tendo sido então assassinado por um agente de Isabel e Mortimer.

Eduardo II foi tratado em condições sub-humanas pois esperava-se que ele não resistisse muito tempo a alguma doença e morreria de forma que parecesse natural. Mas isso não aconteceu e os regentes viam sua situação piorar a cada dia até que um dos guardas teve uma ideia para o matar sem deixar rasto.
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Não era possível usar venenos ou qualquer tipo de armas que deixassem à mostra uma prova que ele teria sido assassinado. Então. na noite de 21 de Setembro, Eduardo II foi surpreendido enquanto dormia.

Um grande colchão foi jogado sobre ele para abafar seus gritos enquanto um chifre de boi oco era introduzido em seu ânus e por dentro do chifre, passou um ferro em brasa que queimou seu intestino e vários órgãos internos.

A razão de usarem um chifre era para permitir ao ferro em brasa penetrar, queimar as entranhas do rei e sair sem ferir suas nádegas.