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sexta-feira, junho 15, 2012

As duas manas que venderam o reino de Leão

Os casamentos reais no século XII tinham enorme precariedade, casamentos entre famílias próximas traziam problemas de aprovação papal, sendo contudo anulados ou não de acordo com interesses diplomáticos e ou normalmente de acordo com os interesses financeiros da cúria romana.

Ora se a filha mais velha de D.Sancho I, de nome Teresa era prima do rei Leão, Afonso IX, para quê casa-los se se corria o risco de posterior anulação papal, por questões de consanguinidade ? Aparentemente como havia interesse na cruzada ibérica contra os mouros, podia admitir-se que essa questão fosse desta vez ultrapassada.

Tal não aconteceu, por razões estratégicas castelhanas, que não vem agora a propósito o casamento foi declarado nulo, e a noiva regressada às origens.

Desse casamento nasceram 2 filhas, Sancha e Dulce e curiosamente o segundo casamento de Afonso IX também viria a ser declarado nulo e o filho Fernando daí resultante também considerado ilegítimo bem como suas irmãs mais velhas.

Entretanto Afonso IX,em 1230, lega o reino de Leão em testamento às suas filhas Dulce I e Sancha II, porém, Fernando, auxiliado por sua mãe, decide-se a incorporar Leão nos seus domínios de Castela

Embora alguma da nobreza leonesa esteja pelas rainhas, a esmagadora maioria da aristocracia e do claro leoneses viam com bons olhos a unificação com Castela.

Graças à mediação diplomática da mãe, que soube usar de grande mestria, inclusivamente mandando chamar a anterior esposa de Afonso IX, Teresa de Portugal, então acolhida no Lorvão, a qual viria a intervir a favor de Fernando, convencendo as filhas e herdeiras do trono leonês a abandonarem as suas pretensões.

Fernando III conseguiu com que as duas herdeiras do primeiro casamento do pai renunciassem ao trono em seu favor, em troca de uma significativa quantia em dinheiro e outros privilégios – foi o que se chamou o «Tratado das Tercerias». Desta forma se uniram para sempre Leão e Castela na pessoa de Fernando, o Santo, passando Castela a deter a hegemonia no conjunto da Hispânia.

Dulce decidiu então acompanhar a sua mãe para Portugal, tendo-se recolhido com ela ao mosteiro do Lorvão, onde viria a falecer cerca de 1243.

Sancha fez-se monja no mosteiro de Villabuena del Bierzo, onde permaneceu até ao fim da vida.

quinta-feira, março 29, 2012

Infanta barriguda de 8 meses


 D. Ana de Jesus Maria filha de D.João VI e de Carlota Joaquina, foi a primeira infanta a casar fora da realeza e casou-se grávida, tendo nascido a filha mais velha no próprio dia em que finalmente o Corpo Diplomático acreditado em Lisboa se apresentou no Palácio de Benfica a fim de apresentar cumprimentos. 

Eles, no entanto, não puderam ver a infanta, mas apenas ouví-la de longe gritando as dores de seu parto.

D.Ana de Jesus Maria casara apenas 22 dias antes do nascimento da sua filha, com o marquês de Loulé  Nuno Rolim de Moura Barreto e que viria  a ser por 3 vezes presidente do Governo e que diziam na altura ser o homem mais bonito da Europa


O casal não quis envolver-se na disputa de D. Miguel I de Portugal, irmão de D. Ana de Jesus, pelo trono português. Exilaram-se e viajaram então por alguns anos pela Europa, período em que nasceram os filhos restantes. 


O casamento, nunca dissolvido, acabou em separação em 1835; e a infanta continuou a viver em Roma, na Itália, onde veio a morrer, vinte e dois anos depois. Por causa disso, D. Ana de Jesus jamais se tornou Duquesa de Loulé.


Bem é que  parece que não foi só por isso, passado o fascínio a infanta era dada a infidelidades o que terá originado a separação.


Ele há coisas em que se sai à mãe