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sexta-feira, janeiro 30, 2009

Obama-29 de Janeiro

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, promulgou hoje a primeira lei da sua Administração, que consagra a possibilidade dos trabalhadores recorrerem aos tribunais se estiverem a ser vítimas de discriminação salarial.

A iniciativa, segundo o Presidente, pretende pôr fim a essa prática e consagrar em definitivo o princípio de salário igual para trabalho igual, independentemente do género, raça, nacionalidade e religião.

A legislação leva o nome de Lilly Ledbetter, uma mulher de 70 anos do estado do Alabama que, vinte anos depois de ter começado a trabalhar como supervisora para a fábrica de pneus Goodyear, descobriu que o seu salário era inferior ao dos seus colegas masculinos que desempenhavam exactamente a mesma função.

Ledbetter processou a companhia e viu o júri determinar que tinha sido vítima de discriminação.Mas a sua luta acabou por terminar em fracasso em 2007 depois do Supremo Tribunal dos Estados Unidos, num voto de 5-4 indeferir o processo, alegando que a queixa por discriminação tinha de ser feita até seis meses depois de esta começar a acontecer.

Vários senadores indignados com a decisão do Supremo redigiram legislação para garantir que trabalhadores discriminados na sua remuneração tenham a possibilidade de ver a situação avaliada por um tribunal. Mas a Administração Bush recusou-se a promulgar a lei, alegando que esta abriria a porta a uma avalanche de recursos judiciais que prejudicariam a vida das empresas.

Ao abrigo do “Lilly Ledbetter Fair Pay Restoration Act”, assinado por Obama, os trabalhadores poderão accionar judicialmente as suas empresas até seis meses depois de descobrirem que são vítimas de discriminação salarial, mesmo que esta já se verifique há mais tempo.

Nos Estados Unidos, as mulheres ainda continuam a ser discriminadas em termos de remuneração salarial: por cada dólar ganho por um homem, uma mulher ganha 78 cêntimos.

“A nossa mensagem é que não há cidadãos de segunda classe nos nossos locais de trabalho, e que não só é injusto e ilegal, como também mau para o negócio, pagar menos a alguém com base no seu género, idade, raça, etnia, religião ou deficiência”, sublinhou Obama.

Presente na cerimónia de promulgação da lei, Lilly Ledbetter disse que a Goodyear nunca lhe iria devolver os cerca de 360 mil dólares devidos em salários e pensões pelo seu trabalho, mas a assinatura da lei era a sua maior compensação. “Não há melhor recompensa do que assegurar que os nossos filhos e netos não poderão ser objecto de discriminação salarial e não terão de passar pela experiência que eu passei”, comentou.

Créditos: Público

quarta-feira, janeiro 28, 2009

Obama-28 de Janeiro

No valor de 825 mil milhões de dólares
Obama confiante na aprovação de plano económico

Barack Obama manifestou-se esta quarta-feira confiante na aprovação do seu plano de relançamento da economia, no valor de 825 mil milhões de dólares. As declarações do presidente norte-americano foram proferidas poucas antes de uma votação da legislação na Câmara dos Representantes.

“Estou confiante de que vamos conseguir que seja aprovado”, afirmou Obama aos jornalistas, frisando: “É importante que actuemos e que actuemos sem atrasos”.

O plano em causa tem quase assegurada a aprovação devido à maioria democrata no Congresso dos EUA. Não é, no entanto, claro se terá o apoio da oposição.

terça-feira, janeiro 27, 2009

Obama-27 de Janeiro

Cada dia do início da presidência de Barack Obama marca um ponto de ruptura com a precedente Administração dos Estados Unidos. Esta segunda-feira, várias medidas foram anunciadas no capítulo do Ambiente, anulando a política de George W. Bush.

Entre as medidas anunciadas, destacam-se a ideia de que cada estado possa determinar o nível de emissões de poluentes considerado aceitável em novos automóveis norte-americanos, a construção de frotas de veículos que economizem combustível e investimentos em "economia energética" para criar empregos.

Ao assinar novas leis de protecção ambiental, Obama afirmou que as medidas são necessárias para conter a ameaça do aquecimento global, que pode causar uma "catástrofe irreversível" e, até, actos de violência. Segundo o presidente americano, as novas directrizes são uma alternativa a "uma confusa manta de retalhos que fere o ambiente e a indústria automobilística".

De acordo com Obama, os EUA não podem ser mantidos "reféns de recursos que estão a ficar escassos, de regimes hostis e de um planeta que está a aquecer".

A Califórnia e outros 13 estados poderão definir os seus próprios padrões de níveis de emissões de gases poluentes - prática a que Bush se opunha.

A Califórnia havia proposto restrições que obrigariam a indústria automobilística a cortar a emissão de gases causadores do efeito de estufa em novos veículos em 30% até 2006, mas Bush pediu, em 2007, que a Agência de Protecção Ambiental da Califórnia negasse o pedido.

Essa decisão, na altura, foi elogiada por representantes da indústria, mas foi duramente criticada pelas organizações ambientalistas, que denunciaram a cedência do Governo às pressões do lóbi automobilístico.

De acordo com Obama, o governo federal vai trabalhar directamente com os estados para reduzir a emissão de poluentes.

segunda-feira, janeiro 26, 2009

UE-26 de Janeiro de 2009

A União Europeia (UE) felicitou hoje os EUA por sua decisão de fechar a prisão de Guantanamo, e acordou dar uma resposta comum se Washington lhe pedir ajuda, já que em um espaço de livre circulação a decisão de um país de acolher ex-presos afectaria os demais.

O debate aconteceu no Conselho de Assuntos Gerais e Relações Exteriores, a pedido de Portugal, mas, no entanto, não há uma solicitação formal de auxílio do Governo de Barack Obama

Segundo fontes comunitárias, somente Holanda e Áustria se mostraram hoje taxativamente contra dar asilo aos prisioneiros de Guantánamo que forem postos em liberdade quando se fechar a polémica cadeia.

Em suas declarações públicas, outras nações européias (Finlândia, Portugal, Suécia, o Reino Unido, Irlanda, França e Espanha) disseram estar dispostas a recebe-los, com condições.

Em algumas, como a Alemanha, houve declarações contraditórias dentro do próprio Governo.

O que ficou claro é que é necessário um "guarda-chuva" para que aqueles estados que decidam dar asilo aos ex-presos que forem postos em liberdade sem acusações, de acordo com princípios comuns.

Por isso, os 27 Estados-membros encarregaram a Comissão Europeia (CE) de redigir uma norma comum, e se comprometeram a ter uma voz única diante de Washington.

Diante das complexidades jurídicas de asilar os que foram detidos como suspeitos de terrorismo internacional, insistiram em que, a partir de agora, qualquer debate deverá passar pelos ministros de Justiça e Interior.

O ministro checo de Relações Exteriores, Karel Schwarzenberg, cujo país exerce a Presidência rotativa da UE, reconheceu que "ninguém estava muito entusiasmado pela ideia" de receber presos em Guantánamo, mas ressaltou que, para a Europa, se trata de "uma oportunidade" para reforçar sua cooperação anti-terrorista com os EUA.

Neste sentido, o ministro britânico, David Miliband, lembrou que "obviamente há diferentes sistemas legais em diferentes países da Europa".

"Mas acho que houve uma clara determinação hoje para transformar as palavras de boas-vindas à decisão de fechar Guantanamo em ajuda para cumprir esta decisão", disse Miliband, cujo país já acolheu nove ex-detidos da prisão aberta nesta base naval dos EUA em Cuba após os atentados de 11 de setembro de 2001.

Seu colega francês, Bernard Kouchner, defendeu a necessidade de estudar "caso a caso" cada um dos pedidos de asilo, e explicou que estes sempre se fariam por desejo dos ex-prisioneiros que não quiserem ficar nos EUA.

O secretário de Estado espanhol para a UE, Diego López Garrido, insistiu em que "não há decisão tomada sobre um assunto que talvez nem se coloque, porque não se sabe se os EUA farão o pedido".

Ele disse estar a favor de um enfoque europeu, do mesmo modo que a UE se mostrou unanimemente contra a prisão de Guantanamo.

"Achamos que o enfoque deve ser positivo, porque é isso o que nós europeus pedimos, e também por razões humanitárias: há pessoas que estiveram anos em Guantánamo sem acusações, e agora serão postas em liberdade sem acusações", ressaltou.

A medida afectaria cerca de 60 dos 245 detentos que supostamente ficarão em liberdade e correrão risco de serem torturados em seus países de origem.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinou no último dia 22 uma ordem executiva para que a prisão que seu país habilitou para os suspeitos de terrorismo em 2002 na base naval de Guantánamo (Cuba) seja fechada em um ano.

sexta-feira, janeiro 23, 2009

Obama-23 de Janeiro de 2009

Obama defende Israel e promete criar dois Estado

Em pouco mais de 48 horas após assumir a Presidência dos Estados Unidos, Barack Obama defendeu nesta quinta a ofensiva israelense na Faixa de Gaza e se comprometeu em promover a paz para a criação de dois Estados no Oriente Médio. O presidente indicou ainda que os EUA irão trabalhar para a abertura da fronteira em Gaza e o envio de ajuda humanitária aos feridos.

– Entendemos que Israel tem o direito de se defender pois nos últimos anos o Hamas lançou diversos foguetes na região. Porém, os EUA estão comprometidos com a criação de dois Estados onde palestinos e israelenses poderão conviver juntos – afirmou Obama durante coletiva de imprensa na qual também apresentou o novo emissário para a região, o senador aposentado, George Mitchell, que trabalhou pela paz na Irlanda do Norte.

Richard Holbrooke, ex-embaixador na ONU que ajudou o fim da Guerra na Bósnia, foi designado enviado especial ao Afeganistão e ao Paquistão. Em diversas ocasiões, Obama disse que o foco da luta contra o terrorismo sairia do Iraque e passaria a ser o Afeganistão.

Embora as tropas israelenses tenham abandonado a região totalmente na quarta-feira e a maioria das milícias palestinas tenha se comprometido no domingo a um cessar-fogo de uma semana, cinco civis palestinos foram feridos ontem, dois deles com gravidade, por disparos procedentes de navios de guerra israelenses contra uma região ao oeste da Cidade de Gaza. O Exército israelense assegurou que os disparos eram “uma advertência” para impedir que embarcações palestinas de pescadores se afastassem do litoral.

John Holmes, chefe humanitário da ONU, viajou ontem a Gaza para examinar os danos sofridos e começar a desenhar um plano de reconstrução que será centrado em proporcionar água potável, eletricidade, refúgio e serviços sanitários.

Durante sua visita, Holmes criticou o elevado número de vítimas, pediu uma investigação dos bombardeios e insistiu em que Israel abra as fronteiras e permita a entrada de materiais de construção em Gaza.

Por enquanto, os postos continuam fechados e Israel só permite a entrada de ajuda humanitária, mas, apesar de a eliminação das redes de contrabando pelo Egito ser um dos principais objetivos do Exército israelense, cerca de 40% dos túneis permaneceram e voltaram a ser usados, segundo testemunhas em Rafah, no sul de Gaza.

O Hamas já se comprometeu a ajudar vítimas da ofensiva israelense, prometendo doar 4 mil euros a cada família que teve sua casa destruída, enquanto os que tiveram danos materiais menores receberão 2 mil. Em fevereiro, o Egito também sediará uma conferência de doadores para financiar a reconstrução.

O negociador israelense Amos Gilad desembarcou ontem ao Cairo para discutir os termos de uma trégua definitiva. De acordo com fontes ligadas às negociações, Gilad se concentrará na aplicação de medidas para combater o contrabando de armas na fronteira entre o Egito e a faixa.

A ministra das Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni, já advertiu que o país se reserva o direito de atacar novamente os túneis cavados sob a Linha Filadélfia, que marca a fronteira.

quinta-feira, janeiro 22, 2009

Obama-22 de Janeiro 2009

LOBBIES

Obama dedicou o seu primeiro dia a aprovar leis para uma governação “de transparência”, garantindo que também ele se iria sujeitar às mesmas regras.

Os salários dos seus colaboradores mais próximos na Casa Branca foram congelados, porque o momento é para que todos os norte-americanos “apertem os cintos”.

Obama aprovou ainda o que considera ser “os mais rígidos limites de qualquer Administração” para a actividade de lobbie em Washington.

"Quem fizer parte de lobbies e entrar na minha Administração, não poderá trabalhar em questões para as quais fez lobby ou nas agências onde o fez nos dois anos anterior", afirmou Obama.

Os funcionários públicos que que forem trabalhar para grupos de pressão privados não poderão fazer lobby na Casa Branca enquanto Obama for presidente, garantiu o próprio.

Também proibiu os presentes de membros destes grupos de pressão e anunciou o fim da confidencialidade de muitos documentos governamentais.

PAZ ISRAELO-ÁRABE

Obama telefonou a homólogos egípcio, israelita, palestiniano e jordano

O presidente dos EUA telefonou, no primeiro dia em que assumiu funções, aos Chefes de Estado egípcio (Hosni Mubarak), israelita (Ehud Olmert), palestiniano (Mahmud Abbas) e ao Rei Abdullah II da Jordânia.

Obama terá “expressado o seu compromisso em trabalhar activamente para a paz israelo-árabe desde o início do seu mandato e para esperar que eles continuem a sua cooperação”, afirmou o novo porta-voz presidencial, Robert Gibbs.

Fontes diplomáticas ocidentais apontam que os EUA poderão aproveitar o processo de reconstrução da Faixa de Gaza “em parceria com a Autoridade Palestiniana” para fortalecer Abbas e a Fatah, enfraquecidos pela ofensiva israelita na Faixa de Gaza.

GUANTANAMO

Julgamentos em Guantanamo foram suspensos

Os juízes que julgam cinco prisioneiros por conspiração para os atentados de 11 de Setembro aceitaram o pedido de Barack Obama. Os prisioneiros, que incorrem na pena de morte, terão de esperar até Maio.

Os advogados de defesa interpretam a interrupção como uma etapa para o encerramento dos tribunais especiais que julgam os detidos na base militar de Cuba. As organizações de direitos humanos estão satisfeitas.

Obama tinha prometido, durante a campanha eleitoral, encerrar a prisão na base militar nos primeiros três meses da sua Administração. A complexidade jurídica e questões de segurança obrigaram o novo presidente a definir um novo prazo.

Guatanamo poderá ser encerrada dentro de um ano se Obama assinar o decreto, que ainda se encontra em rascunho, refere a agência Reuters.

O documento refere como necessária a revisão do estatuto dos prisioneiros, a sua transferência para estabelecimentos prisionais nos Estados Unidos e a criação de comissões para estes procedimentos.


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quarta-feira, janeiro 21, 2009

Obama.21 de Janeiro de 2009

Vou reabrir este blogue, que suspendi porque os seus objectivos se confundiam, com o que estava fazendo no Claras-o-contestatário, em participação com a Maria Anónima da Silva e o que vou escrevendo embora de forma mais ligeira no meu Com blogue de ver.

Toda a expectativa à volta do mandato presidencial, de Barack Hussein Obama, como presidente dos Estados Unidos da América, justificará , que se vão guardando algumas opiniões sobre esse seu mandato, quer minhas quer da comunicação social, ou até de alguns bloguistas amigos. Vai ter piada rever daqui a uns tempos, o que todos nós dissemos.

Para já ontem, a propósito da tomada de posse dele no dia 20 de Janeiro de 2009, eu disse

Quem pensar que o Obama venha um dia a definir o programa do Bloco de Esquerda, vai ficar desiludido. Eis a razão porque tento não me esquecer que ele é apenas o Presidente da América e o que é bom para a América muitas vezes não é bom para nós.

Funes quase que concorda comigo ao dizer

Obama; injustificada a euforia montada em torno da sua tomada de posse. Ainda ninguém me ouviu ou leu escrever uma palavra a dizer mal de Obama. Que o tema comece a fartar diz bem da pouca esperança que as pessoas realmente depositam em Obama. Foram à festa, vieram todas contentes e agora querem um espectáculo novo. O festival Obama já deu o que tinha a dar.

A minha amiga Claras manhãs, disse que não deve confundir esperança com ilusão, ela gosta de sonhar

Como vêem nada é simples, nada é fácil. Ter Esperança é uma coisa, estar iludido é outra. Eu gosto de Sonhar….


Para ouvir o discurso de tomada de posse de Obama ver>>>>> aqui