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sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Zeca Afonso

No aniversário das tua morte, não faltarão homenagens, algumas vindas de muitos daqueles que te consideravam um "comuna mercenário".

Hoje toda a gente te "teve" na juventude, Fazes parte da" boa memória" de toda a gente, Calculo que, até alguns que hoje "comem tudo e não deixam nada", se achem no direito de te recordar.

Os falsos socialista no poder e muitos daqueles que os aplaudem, se devem rever, mascarando as tuas Utopias, nas suas "realidades concretas da Nação", esquecendo-se que a realidade concreta deveria assentar no ataque firme e decidido, á fome, à miséria, á doença, á falta de condições de que padece o nosso pobre povo que, como foi "decretado" há dias é o mais pobre da UE a 25.

Que vergonha senhores falsos socialistas que nos governam, que acham o Zeca cantaria hoje se fosse vivo ?

Tenha a certeza que o tema central seria o da vossa traição ao Povo.

Em vez desse ataque, chachadas de comboios ultra rápidos, aeroportos inúteis,estádios de futebol, e escumalha, muita escumalha no poder para se banquetearem com tudo isso.É essa a vossa causa, aos menos renegem-no, olhem pró lado e assobiem para cima, o Zeca não é vosso.

Hoje prefiro não te ouvir é que não me apetece chorar


sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Foi assim noutro tempo-(2)

Eu sou do tempo em que as pessoas acreditaram, que era possível.

Que o povo é quem mais ordena, era mais do que um simples refrão no tema do Zeca Afonso.

Hoje é enternecedor recordar que a D.Maria Ludovina Gonçalves telefonava para a Assembleia da Republica, considerando que "o Spínola é fascísta e exigindo que ele e Gonçalves Rapazote fossem expulsos de Portugal". e que esse telefonema era relatado em sessão plenária.

Não está em causa se ela tinha razão ou não. Está em causa o acto da Assembleia da Republica "publicar a voz " duma simples cidadã, e a sua convicção que era lícito ao povo exigir.

O meu amigo Aníbal, já não acha que possa exigir seja o que for, limita-se a acatar como eu, como todos nós. que lhe marquem uma consulta na dermatologia para daqui a dois anos.

Uma carta de Maria Leonor da Silva alertando os homens honestos e influentes deste país no sentido de dar prioridade às mensagens de paz, que a todos pertence e diz respeito, em especial a quem tem responsabilidades públicas importantes.

ou ainda

Uma carta assinada por um senhor chamado Brito - o nome não é perfeitamente legível -, na qual pede que se faça sentir aos 26 Srs. Deputados que assinaram uma exposição de protesto contra a Argentina que não nos devemos imiscuir na vida interna dos outros povos.

Que diria o nosso amigo Brito, á AR, sobre a intervenção da "clique Bush" no Iraque ?


Uma moção enviada pela direcção do Sindicato Nacional dos Operários da Indústria de Calçado, Malas e Afins dos Distritos de Aveiro e Coimbra. Esta moção é do seguinte teor: «Os delegados sindicais, reunidos em plenário, repudiam energicamente a posição assumida pelo Ministério do Trabalho em fazer publicar legislação de trabalho sem consulta às organizações de trabalhadores, exigem que o Decreto-Lei n.º 530/76, de 7 de Julho, seja imediatamente revogado e que seja respeitado o que a Constituição determina quanto a legislação do trabalho.»

Foi assim em 1976, quando se considerava que repudiar qualquer coisa em reunião plenária, tinha significado.

Hoje grandes sumidades internacionais, acham que o problema da economia nacional, consiste na pouca flexibilidade nos despedimentos, que virá aí em breve. mesmo sem consultarem as organizações de trabalhadores.

Pelo menos foi bom sonhar.

domingo, fevereiro 11, 2007

Finalmente a despenalização

Hoje, foi finalmente despenalizada a Interrupção Voluntária da Gravidez, por decisão da mulher até ás 10 semanas de gravidez

Há agora um problema que ainda ninguém discutiu, a impossibilidade real que existirá na eueoculândia, em especial no domínio do ministério da "doença", de poderem cumprir um prazo tão restrito.

Digam-me como é que vai ser possível cumprir este prazo de 10 semanas, quando não conseguem resolver o problema das borbulhas nas costas do meu amigo Aníbal, em menos de 104 semanas ?

Com o Aníbal o problema era de simples resolução, bastar-lhe-ia baixar as calças no corredor do hospital , o médico via-lhe a borbulhagem receitava uma pomadita na hora e estava despachado.

Neste caso não é fácil, é preciso arranjar psicólogo para acompanhamento, médico para observar, se calhar padre para dissuadir, cirurgião para analisar, enfim uma chatisse médico-burocrática, que não vai ser fácil vencer em 10 semanas.

Estamos a pensar numa solução finlandesa para a aplicar na Eurocolândia ?

Bom o melhor é nem pensar encontrar resposta no SNS, aí nem uma constipação se cura na hora.
Senhores do SNS, fiquem sabendo que o feto cresce e nasce ao fim de 40 semanas, que é o prazo em que os vossos serviços demoram a marcar uma zaragatoa.

Também tive um sonho tecnológico, que seria o de, por indução ás mulheres que foram hoje votar NÃO e ás que não foram lá sequer, nascesse uma bolinha vermelhusca na testa, assim tipo indiana, que nunca mais desaparecesse durante a sua vida fecunda.

Essas seriam dispensadas de vir chatear o serviço público, se um dia se arrependessem de ter um filho.

Só por uma questão de coerência

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Até tu Piedade foges de nós

(publicado do Expresso de hoje)

O grupo português Piedade, um dos maiores fabricantes mundiais de rolhas, vai investir 5 milhões de euros numa unidade industrial para tratamento de cortiça em Espanha.
A construção da nova fábrica, situada em San Vicente de Alcántara, na região de Badajoz, arranca em Março e deverá entrar em funcionamento em 2008.

O que poderá levar um grupo português produtor de rolhas, a estabelecer-se em Espanha a meia dúzia de quilómetros de Portugal ?

A resposta é simples, chama-se genericamente, condições.

Pagarão menos IRC, custos menos onerosos com segurança social, combustíveis mais baratos, em suma administração fiscal inteligente, em contra-ponto com a da euroculândia, tacanha e ridícula, que voa milhares de quilómetros até á India e á China para convencer, dizem eles, investidores estrangeiros a operar em Portugal, quando não têm sequer condições para segurar a industrial nacional a operar entre portas.


As informações disponíveis indicam que não é só grupo Piedade, muito mais empresas fazem o mesmo, preferindo as condições oferecidas pelos nossos vizinhos, que inteligentemente sabem traçar o caminho do desenvolvimento.

Tenho esperança que, apesar de tudo, no caso do Piedade das rolhas, talvez se salve a utilização de alguma mão de obra nacional, dada a proximidade fronteiriça, penso é que o Macedo do fraque não vai ter nada para cobrar de IRC.

Que esperança havemos de ter no futuro, se até já as rolhas fogem de nós



Jorge Sampaio-Um exemplo

Mais uma notícia de canto de página num jornal.

Jorge Sampaio o mais recente ex-presidente da república, vai voltar a presidir.

Desta feita apenas na sua freguesia de S.Sebastião da Pedreira, que por acaso também é minha por nascimento, na 4ª assembleia eleitoral, no próximo domingo dia 11, quando do referendo pela despenalização da IVG.

Eis um exemplo de simplicidade que deve ser realçado, por contraste com outros pavões, que exerceram o mesmo cargo.

Que exemplo de atitude democrática, de sentido cívico e de modéstia, bem de acordo com o que deveriam ser os ideais republicanos, tantas vezes ignorados por quem se considera o paizinho de todos nós.

Sampaio só é Pai dos filhos dele, civilmente foi um político que exerceu um cargo para o qual foi mandatado. Acabado este, retoma a sua condição de cidadão, que não pode voltar a ser anónimo, mas que presumo bem gostaria de ser.

O meu respeito, por um grande homem, que respira honestidade em cada atitude que toma.

A minha primeira namorada

Então não é que hoje voltei a encontrar a minha primeira namorada.

Não tenho bem a certeza se ela soube da minha paixão, porque na realidade nunca tive oportunidade de lha revelar, mas era maravilhosa.

Tinha este ar limpo e asseado, como poderão observar. Os seus longos cabelos, assim a esvoaçar prometiam lânguidos devaneios, aos mesmo tempo que deixavam a descoberto orelhinhas isentas de cera, que se poderiam mordiscar á vontade.

Hoje, ela, ficaria bem em qualquer campanha do Não à despenalização da IVG, pois se não conseguimos sequer imaginá-la a fazer "maldades", muito menos a "desmanchar"seja o que for na parteira, num vão de escada qualquer.

Naquele pisar de chão inicial há pureza e muita candura, nada de rabões a abanar. Saia "regulamentar" deixando apenas antever promessas ao sabor da nossa própria fantasia.

Depois lembrei-me dos bailes do meu tempo na Casa do Alentejo em Lisboa, onde havia um mestre-de-sala, que impedia aproximações corporais a menos de um palmo, mais um pelotão de mães e tias, sentadas na primeira fila, guardando os seus "virgens tesouros",que dançariam apenas com alguns de nós, os que passassem no crivo, das maternais avaliações, feitas a "olhómetro".

Era tudo tão asseado e aparentemente correcto, que competia aos jovens guardar os seus impulso sexuais, para depois de casar com as referidas virgens.

Poder-se-ia então admitir que havia sexo para fazer, depois de devidamente abençoado pelas entidades eclesiásticas e para efeitos de procriação.

Lembrei-me então que, nesse tempo, era tão difícil para os mais jovens ter relações sexuais, mas tão frutuoso o negócio das parteiras,( provavelmente mais de que hoje), que afinal as maiores clientes dessas profissionais serias as mães e tias da primeira fila.

Pela primeira vez na vida lembrei-me delas com simpatia acho que se fossem vivas votariam no SIM

Vejam lá então se não gostam da minha primeira namorada

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

O turismo é que é

A notícia vem publicada num cantinho do jornal, onde normalmente se situam as notícias verdadeiramente importantes.

Para quem quiser conferir, situo o suplemento Economia, no Diário de Notícia de hoje dia 7 de Fevereiro de 2007.

Pode ler-se que

"A Comissão Europeia exigiu à Polónia que reduza a a capacidade de produção dos seus estaleiros navais em 40%, sob pena de ter de devolver as ajudas públicas recebidas nos últimos anos. O governo polaco já aceitou reduzir a capacidade dos estaleiros, mas diz que um corte tão elevado equivale a "liquidar"a industria"

Reflicto perguntando para que serve realmente a referida Comissão Europeia ?

Aparentemente, deveria apoiar o desenvolvimento de cada um dos estados membros, parece contudo que apoiam preferencialmente o "retraimento" da produção nos estaleiros navais polacos,industria que toda a gente sabe, ser uma das principais naquele País.

Que interesses a Comissão Europeia defende realmente ?

Não são por certo os da Polónia, a quem se ordena, que reduza a produção e passe a viver eventualmente a curto prazo de Quadros Comunitários de Qualquer Coisa, que traduzido significa, toma lá as migalhas que caem da mesa dos ricos.

Não sei se a defesa da produção naval Alemã, estará envolvida nesta decisão, mas gostava francamente de saber.

Passando um olhar cá pela Euroculândia, também me pergunto por onde pára a nossa frota pesqueira ?

Em cada ano sujeita a novas imposições de corte numérico.Talvez não precisemos de barcos de pescas, os espanhóis pescam por nós.

Onde para a nossa Agricultura ? A Comissão manda "desplantar" vinha. A Comissão manda "desproduzir" leite.

A Comissão manda tudo, através duma coisa que se chama PAC.Não sei é se manda da mesma forma na agricultura espanhola ou francesa.

Nós baixamos as orelhas porque o governo é bom aluno e porque afinal os espanhóis fornecem tudo e até é mais barato.

Deixemo-nos de tretas, encaremos de frente aquilo que a Comissão Europeia quer de nós.

Dediquemo-nos ao turismo, daremos por certo razoáveis empregados de mesa, caddies para levar os sacos do golf, barmans, essa coisas assim importantes.

Deixemo-nos de andar a gastar dinheiro na educação a formar economistas, advogados, engenheiros,etc. que não vão a lado nenhum, como os espanhóis trazem os deles, nem são precisos tantos.

Já que é assim o nosso destino, façamos as coisas bem feitas, preparemos empregados de mesa que não metam o dedo na sopa que levam ás mesas, saibam atender os clientes com profissionalismo, dominem línguas e saibam não confundir "cliente estrangeiro" com "o tótó do beef sabe lá o que é uma sardinha"

Preparemos os motoristas de táxi, forçando-os a frequentar escolas de boas maneiras, bem como impedir que qualquer profissional, possa pegar no carro, se não tiver tomado banho, pelo menos no dia anterior.

Façamos da hotelaria uma industria de eleição a todos os níveis, até no aspecto lúdico. Que se perceba, que não basta ter bom clima e um Sol magnífico.A um bom hotel, não basta ter uma boa cama. São precisos bons acessos, rigor extremo em higiene e o máximo de serviços que possa oferecer, em complemento.

No aspecto lúdico peço encarecidamente aos operadores turísticos , que a bem da industria nacional, não levem os turistas aos fados. Acabem com isso, eles detestam esse suplício. Além de não fazerem ideia das motivações da senhora de xaile negro, ou do "estilar" dos machos fadistas, aquilo parece-lhes tudo igual, só animam uma vez quando percebem que o "cheira bem cheira a Lisboa" dá direito a uma palmitas de acompanhamento. Por favor, por uma vez olhem para a cara deles, acham que aquilo que ostentam tem o aspecto dum turista feliz ?

Turísta feliz nos fados, só se estiver grosso. porém se falar seja com quem for, mandam-no logo calar, o "girente" da casa, mais os 25 clientes eurocús, que ali foram carpir as mágoas.

Convém explicar ao "responsável máximo dos serviços mínimos" da Saúde, que uma boa rede hospitalar, é fundamental também para ter bom turismo.

Nós os eurocús, ainda vamos aceitando morrer por falta de assistência, ao fim de várias horas dentro duma ambulância, (se houver), feitos bola de ping-pong entre hospitais, mas garanto que um inglês fica chateado.

Enfim, este é que será o investimento correcto, a fazer olhando o futuro. Só poderemos ser um País de turismo se o promovermos MUITO BEM.

Claro sem por de parte o apoio necessário á industria das rolhas e da cortiça, afinal ninguém mexe naquilo como nós