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segunda-feira, abril 20, 2009

Chavez-18 de Abril

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e a secretária de Estado dos EUA Hillary Clinton encetaram ontem a reaproximação efectiva entre os dois países ao darem os primeiros passos para a reabertura de laços diplomáticos. Chávez anunciou inclusive que Roy Chaderton, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, será o próximo embaixador da Venezuela em Washington.

Chávez expulsou em Setembro de 2008 o embaixador dos EUA e Washington respondeu com a expulsão do responsável da embaixada venezuelana. Agora, o mesmo Chávez diz não ter dúvidas de que a relação com os EUA vai melhorar com Barack Obama, e o Departamento de Estado norte-americano compromete-se 'a trabalhar para levar por diante' a reabertura das embaixadas.

Estas novas políticas, associadas ao anúncio da redefinição da relação com Cuba, levaram a generalidade dos líderes latino-americanos reunidos em Port of Spain, Trindad e Tobago, a considerar a V Cimeira das Américas um sucesso. O clima fraterno contrasta com a tensão de há quatro anos, na cimeira da Argentina, quando Chávez atacou o 'imperialismo' de Bush.

'A presença de Obama deu forte contributo para o clima positivo e sucesso da cimeira', admitiu José Miguel Insulza, presidente da Organização de Estados Americanos. Insulza nega que a questão de Cuba, excluída das cimeiras desde os anos sessenta, tenha contaminado os debates. Até porque o degelo avança também nessa frente. Chávez sugeriu até que a próxima reunião aconteça em Havana.

Obama-18 de Abril

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu, ontem, no discurso final na Cimeira das Américas, uma nova era de cooperação com a América Latina que vá mais além da tradicional cooperação militar e da luta contra o narcotráfico. "Creio que os sinais mostrados até agora apresentam pelos menos uma oportunidades para um diálogo franco numa variedade de assuntos, incluindo a democracia e a defesa dos direitos humanos em todo o hemisfério", afirmou Obama.

Neste panorama de novas relações está também incluída Cuba, disse-o o próprio presidente norte-americano. Durante os vários dias da Cimeira, Obama mostrou-se conciliador ainda que firme na necessidade de que o Governo de Raul Castro dê os seus próprios passos no caminho da democracia. Ontem, no discurso final, Obama insistiu neste objectivo e na libertação dos presos políticos e lembrou que a política dos Estados Unidos não vai mudar repentinamente. Mais uma vez, voltou a reconhecer que a política dos EUA em relação a Cuba não resultou, porque, ao fim de 50 anos, o povo cubano continua a não ser livre.

O tom conciliador não foi, porém, suficiente para ultrapassar as já anunciadas objecções de alguns países à declaração final da Cimeira. Apesar isso, o primeiro-ministro de Trinidad e Tobago, o país que acolheu a cimeira, destacava o facto de "nunca antes se haver alcançado tal espírito de cooperação" e acrescentou que, com estas palavras, estava a "falar por todos".

Entre os argumentos para a não aprovação unânime do documento, estão a questão do embargo a Cuba, a reduzida presença no documento da crise económica mundial e até mesmo discussões sobre quais os países democráticos e quais os que o não são.

Países como a Bolívia e a Venezuela, que integram a Alternativa Bolivariana das Américas (ALBA), já tinham anunciado que não iriam assinar a declaração final, entre outros motivos por solidariedade com Cuba, que não é mencionada no texto, e que está excluída da Organização dos Estados Americanos (OEA) e sujeita a um embargo norte-americano desde 1962.

"Nunca tínhamos assistido a uma cimeira com o nível de interacção, franqueza e cordialidade que se sentiu em Trinidad e Tobago. Creio que estão estabelecidas as bases para relançar uma nova etapa nas relações", declarou o presidente mexicano Felipe Calderón. "Apesar de existirem pontos divergentes, o espírito foi construtivo e de respeito. A cimeira abriu um novo capítulo", disse também o presidente do Panamá, Martín Torrijos.

Obama reuniu-se separadamente em Trinidad com os líderes sul-americanos, centro-americanos e caribenhos. A todos garantiu o objectivo de iniciar um diálogo directo baseado no respeito mútuo.

O último dia da Cimeira decorreu no mesmo tom cordial que dominou todos os trabalhos. No encontro com os líderes centro-americanos (os restantes encontros decorreram nos dias anteriores), Obama abordou as questões da emigração, designadamente o repatriamento de cidadãos condenados e a situação dos imigrantes legais e ilegais nos Estados Unidos.

sábado, abril 04, 2009

Obama-3 de Abril

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que a cimeira do G20, realizada em Londres, foi "muito produtiva" e constituiu "um ponto de viragem".

A cimeira, que reuniu na capital britânica os países mais industrializados e as principais economias emergentes, conseguiu atingir "um conjunto de acções coordenadas sem precedentes", disse Obama em conferência de imprensa.

"São um ponto de viragem na procura da recuperação económica mundial", destacou.

Obama referiu que está empenhado em "forjar um consenso em vez de ditar os termos", uma vez que alguns apelos da administração norte-americana, favorável a mais medidas de estímulo à economia, não foram contemplados.

Apesar disso, Obama considerou a reunião "muito produtiva" e histórica, devido aos enormes desafios que o mundo enfrenta neste momento para ultrapassar a crise que afectou todos os países.

"O desafio é claro. A economia global está em contracção", disse Barack Obama.

O G20 comprometeu-se a reforçar em 744 mil milhões de euros o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial.

As principais economias acordaram igualmente um pacote de 250 mil milhões de dólares para apoio ao financiamento do comércio mundial.

O reforço de verbas para as instituições financeiras mundiais e para o comércio, faz parte de um total de cinco biliões de dólares que o G20 decidiu injectar na economia mundial até ao final de 2010.