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segunda-feira, fevereiro 13, 2023

A tradição espanhola nos partos nacionais

 

A tradição espanhola nos partos nacionais

A Rainha D.Maria I nasceu no dia 17 de Dezembro de 1734, antes dela nascer a sua avó a Rainha de Espanha escrevia à filha D.Mariana Vitória, ao mesmo tempo que enviava um cirurgião a acompanhar a carta onde mostrava a sua grande preocupação pelos maus cuidados que sua filha viesse a ter durante o parto.

A preocupação, reflectia diferença de mentalidades, em Espanha os partos reais eram feitos por cirurgiões, em Portugal por parteiras. Obviamente que em Portugal era assim por razões beatas, que impediam que um médico homem, assistisse a um parto, coisa de mulher.

Isabel Farnésio pelos vistos já não pensava assim, mas por carta a filha aceitou a vinda do médico com a condição de ficar num quarto ao lado "para o caso de haver necessidade", dizendo a sua mãe "os portugueses não aceitam bem os cirurgiões parteiros".

Hoje em dia já aceitamos bem os cirurgiões parteiros, sobretudo se forem espanhóis, dá imenso jeito que existam, para que os jovens portugueses da raia possam ir lá nascer, sempre se poupa qualquer coisinha cá deste lado.

terça-feira, fevereiro 07, 2023

D.Pedro e D.Estefania um casamento platónico ?

 O rei mandou criar uma jóia para a nova rainha usar na cerimónia do casamento, em Lisboa. O joalheiro real, Raimundo José Pinto, pegou em pedras preciosas que o rei herdara da sua mãe, D. Maria II, e juntou-lhes mais uns quantos diamantes parisienses. Parece ter exagerado um pouco, pois, no fim, entregou ao rei, para que este oferecesse à sua rainha, uma tiara com quatro mil pedras preciosas. 

A cerimónia du casmento  durou muito tempo. A certa altura, uma das damas presentes reparou que a rainha empalidecera — D. Estefânia quase desmaiava ao fim de duas horas com milhares de pedras na cabeça. Pior: um dos diamantes cortara-lhe a testa e o véu estava manchado de sangue. 

Depressa se substituiu a jóia por uma coroa de flores — e o povo, quando viu a nova rainha de flores no cabelo, murmurou: uma coroa de flores era um presságio de morte.

De toda a forma, Dona Estefânia escreveu uma carta a sua mãe contando sobre a noite de núpcias:

A Duquesa da Terceira permaneceu junto de mim até ao momento em que fui para a cama e depois veio o Pedro, mas não consegui dormir nem um segundo durante toda a noite. Senti-me bastante embaraçada, pouco à vontade, e acho, em suma, que este costume de os esposos dormirem juntos não é muito agradável. Mas considero-o como um dever diante de Deus e, além disso, a pureza e a delicadeza extremas de Pedro tocam-me e fazem-me feliz. É uma grande felicidade para mim, pois sem isto há coisas que me seriam muito difíceis.”

Após a morte da rainha, os médicos da corte fizeram uma autópsia, mas os resultados apenas vieram a público 50 anos mais tarde, num artigo do conhecido médico Ricardo Jorge. A rainha tinha morrido virgem, sendo essa a razão de não existir um herdeiro de D. Pedro V.

domingo, fevereiro 05, 2023

Teria a D.Estefania comido bifana estragada ?

Em meados do seculo 19 duas princesas estrangeiras chegariam a Portugal , para casar com reis de Portugal e passarem a pertencer lista de princesas consortes a primeira a chegar foi a alemã D. Estefânia Hohenzollern- Sigmaringen, em Maio de 1858 a bordo da corveta Bartolomeu Dias que a foi buscar ao porto ingles de Plymouth.

  Viveria pouco mais de um ano , vitimada por difeteria contraida depois duma visita a Vendas Novas Provavelmente nao motivada por uma bifana , por certo, ja que nao ha a certeza se naquela altura ja havia disso , ou se eram se quer famosas 

Morreu jovem com 22 anos, apenas, revelando contudo grande clarividencia, ja que D. Estefânia escreveu muitas cartas íntimas à sua mãe, em francês.

 Numa delas, ela critica a alta sociedade portuguesa: 

Os portugueses têm o sentido do luxo e da pompa, mas não o da dignidade 

Tão novinha e topou-nos logo


 Liberta dos governos actuais de intenso estudo e acompanhamento de situações que permanecerão eternamente na mesma- D.Estefania foi uma rainha que muitos portugueses viram como um anjo que lhes trouxe a esperança que tanto lhes faltava, sempre disposta a ajudar os mais pobres e desfavorecidos 

Tera dito ao morrer além do romantico cuidem do meu Pedro, 

tera pedido a construção de um novo e moderno hospital que prestasse assistências às crianças pobres e desvalidas. 

Com a habitual rapidez nestas coisa , e ainda sem a contribuiçao do bizarro ministro Pizarro , 18 anos depois la veio o tal hospital que tem o seu nome

quarta-feira, fevereiro 01, 2023

A indignidade dum rei se chamar Martinho

D. Sancho I, nasceu em Coimbra em 11 de Novembro de 1154. Quando nasceu não fora destinado para assumir a realeza, visto que já existia um primogénito de D.Afonso Henriques, de nome Henrique e que havia nascido em 1147. Porém a morte deste seu irmão aos 8 anos, veio transformá-lo no sucessor de seu pai,que no imediato veio a resultar na alteração do seu nome de Martinho para Sancho. Consideraram na altura que o nome Martinho, que lhe havia sido atribuído, por certo por ter nascido no dia daquele Santo, não lhe concedia dignidade régia. Não porque São Martinho tivesse ressonância dum santo menor, mas também por não haver na Península Ibérica, nenhum rei com este nome, nem o seria no futuro, pelo menos durante os séculos XII e XIII. Sabe-se pouco sobre a infância de Sancho, que ficou sem mãe aos 3 anos, por morte da rainha Matilde em Dezembro de 1157, quando do parto do seu sexto filho a princesa Sancha. Presume-se sem grandes certezas, que a sua educação, terá sido entregue a D.Teresa Afonso segunda mulher e viúva de Egas Moniz. O conceito de educação, era nesta altura muito diferente do de hoje, pois ainda há discussão entre historiadores, sobre a iletracia para uns ou da relativa cultura para outros do rei Sancho. Estes últimos atribuíam-lhe a criação duma das cantigas de amigo do Cancioneiro da Ajuda, que comprovaria a capacidade cultural do rei.Hoje alguns contestam este possibilidade, determinando que ela não poderia ter sido composta por D.Sancho I, mas sim por Sancho II ou Afonso X "O sábio" de Castela . Os que advogam a sua incultura, remetem para palavras do papa Inocêncio III, que terá recomendado que se fizessem ler todas as suas cartas presencialmente em voz alta e na íntegra, o que poderia levar a crer que D.Sancho I seria analfabeto. Será apressada esta conclusão, uma vez que ler as cartas em voz alta era na altura a forma de as publicar,ou seja de as autenticar. Ver-se-á que, só assumirá a coroa portuguesa com 31 anos, na sequência duma prolongada regência, devida à incapacidade física de seu pai, após o desastre de Badajoz em 11690