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quinta-feira, fevereiro 08, 2007

O turismo é que é

A notícia vem publicada num cantinho do jornal, onde normalmente se situam as notícias verdadeiramente importantes.

Para quem quiser conferir, situo o suplemento Economia, no Diário de Notícia de hoje dia 7 de Fevereiro de 2007.

Pode ler-se que

"A Comissão Europeia exigiu à Polónia que reduza a a capacidade de produção dos seus estaleiros navais em 40%, sob pena de ter de devolver as ajudas públicas recebidas nos últimos anos. O governo polaco já aceitou reduzir a capacidade dos estaleiros, mas diz que um corte tão elevado equivale a "liquidar"a industria"

Reflicto perguntando para que serve realmente a referida Comissão Europeia ?

Aparentemente, deveria apoiar o desenvolvimento de cada um dos estados membros, parece contudo que apoiam preferencialmente o "retraimento" da produção nos estaleiros navais polacos,industria que toda a gente sabe, ser uma das principais naquele País.

Que interesses a Comissão Europeia defende realmente ?

Não são por certo os da Polónia, a quem se ordena, que reduza a produção e passe a viver eventualmente a curto prazo de Quadros Comunitários de Qualquer Coisa, que traduzido significa, toma lá as migalhas que caem da mesa dos ricos.

Não sei se a defesa da produção naval Alemã, estará envolvida nesta decisão, mas gostava francamente de saber.

Passando um olhar cá pela Euroculândia, também me pergunto por onde pára a nossa frota pesqueira ?

Em cada ano sujeita a novas imposições de corte numérico.Talvez não precisemos de barcos de pescas, os espanhóis pescam por nós.

Onde para a nossa Agricultura ? A Comissão manda "desplantar" vinha. A Comissão manda "desproduzir" leite.

A Comissão manda tudo, através duma coisa que se chama PAC.Não sei é se manda da mesma forma na agricultura espanhola ou francesa.

Nós baixamos as orelhas porque o governo é bom aluno e porque afinal os espanhóis fornecem tudo e até é mais barato.

Deixemo-nos de tretas, encaremos de frente aquilo que a Comissão Europeia quer de nós.

Dediquemo-nos ao turismo, daremos por certo razoáveis empregados de mesa, caddies para levar os sacos do golf, barmans, essa coisas assim importantes.

Deixemo-nos de andar a gastar dinheiro na educação a formar economistas, advogados, engenheiros,etc. que não vão a lado nenhum, como os espanhóis trazem os deles, nem são precisos tantos.

Já que é assim o nosso destino, façamos as coisas bem feitas, preparemos empregados de mesa que não metam o dedo na sopa que levam ás mesas, saibam atender os clientes com profissionalismo, dominem línguas e saibam não confundir "cliente estrangeiro" com "o tótó do beef sabe lá o que é uma sardinha"

Preparemos os motoristas de táxi, forçando-os a frequentar escolas de boas maneiras, bem como impedir que qualquer profissional, possa pegar no carro, se não tiver tomado banho, pelo menos no dia anterior.

Façamos da hotelaria uma industria de eleição a todos os níveis, até no aspecto lúdico. Que se perceba, que não basta ter bom clima e um Sol magnífico.A um bom hotel, não basta ter uma boa cama. São precisos bons acessos, rigor extremo em higiene e o máximo de serviços que possa oferecer, em complemento.

No aspecto lúdico peço encarecidamente aos operadores turísticos , que a bem da industria nacional, não levem os turistas aos fados. Acabem com isso, eles detestam esse suplício. Além de não fazerem ideia das motivações da senhora de xaile negro, ou do "estilar" dos machos fadistas, aquilo parece-lhes tudo igual, só animam uma vez quando percebem que o "cheira bem cheira a Lisboa" dá direito a uma palmitas de acompanhamento. Por favor, por uma vez olhem para a cara deles, acham que aquilo que ostentam tem o aspecto dum turista feliz ?

Turísta feliz nos fados, só se estiver grosso. porém se falar seja com quem for, mandam-no logo calar, o "girente" da casa, mais os 25 clientes eurocús, que ali foram carpir as mágoas.

Convém explicar ao "responsável máximo dos serviços mínimos" da Saúde, que uma boa rede hospitalar, é fundamental também para ter bom turismo.

Nós os eurocús, ainda vamos aceitando morrer por falta de assistência, ao fim de várias horas dentro duma ambulância, (se houver), feitos bola de ping-pong entre hospitais, mas garanto que um inglês fica chateado.

Enfim, este é que será o investimento correcto, a fazer olhando o futuro. Só poderemos ser um País de turismo se o promovermos MUITO BEM.

Claro sem por de parte o apoio necessário á industria das rolhas e da cortiça, afinal ninguém mexe naquilo como nós

2 comentários:

Anónimo disse...

No século passado, 1994, aconteceu-me algo muito interessante. Fui passar férias ao Sul de Espanha e parti a cabeça. Com a confusão de ir ao Hospital nem eu nem uma amiga minha nos lembrámos que era melhor levar a carteira. Fui atendida num Hospital, suturaram-me o golpe e estiveram-se nas tintas para o facto de eu estar sem mala e por isso sem documentos e sem dinheiro. Resgistaram a morada e disseram que depois mandavam a conta para minha casa. Disseram-me que devia tirar os pontos dali por uma semana ou 10 dias, já não me recordo.
Como entretanto fui para o Algarve, onde ia passar mais uns dias de férias fui a um Hospital dos nossos e expliquei o sucedido, que estava de férias e precisava de tirar os pontos. Puseram-me a mexer com um simples: " Só atendemos pessoa desta zona de residência!".

Tive que andar à procura de uma clínica privada onde me tirassem os pontos da cabeça.

Parece mentira mas é verdade!

Luís Maia disse...

Isso foi no século passado.Agora atendem-te, algumas horas depois podem ser aí uma 14, como não precisas de maca, podes ir a pé para o hospital.
O meu amigo Aníbal, tem borbulhas no fundo das costas e tem consulta daqui a 2 anos na dermatologia. É a chamada medicina radical, ou cura-se ou cai-lhe o cú.