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sábado, abril 15, 2023

A rainha santa estrábica e morta bem cheirosa

 Isabel faleceu, em Estremoz, a 4 de julho de 1336, com 66 anos 

Eka foi a Estremoz para apaziguar mais uma vez um conflito entre o filho Afonso  IV e o neto Afonso XI de Castela, uma viagem longa para uma sexagenária ja bastante debilitada por forma que a chegada o filho ficou muito apreensivo 

Um edema num braço que rapidamente ulcerou,náo motivou ser dada grande importancia pelos médicos , Dai resultaram febres altas , vertigens e desmaios, acabando por entrar em coma 

Varias causas faram sendo adiantadas por diversos médicos, destaque-se a opiniáo do Professor José Crespo teria morrido de escrófula  o termo vulgar da Linfadenite Cervical Micobacteriana, referindo-se a uma linfadenite cervical dos linfonodos associados à tuberculose, que se referiu a ela como, loura, alta, refeita de carnes e estrábica 

Isabel deixara escrita a sua vontade de ser sepultada no Mosteiro de Santa Clara em Coimbra 

Sendo a viagem demorada, havia o receio de o cadáver entrar em decomposição acelerada pelo calor que se fazia, e conta-se que a meio da viagem debaixo de um calor abrasador, o ataúde começou a abrir fendas, pelas quais elas escorria um líquido, que todos supuseram provir da decomposição cadavérica. 


Qual não foi, porém a surpresa quando notaram que em vez do mau cheiro esperado, saía um aroma suavíssimo do ataúde. 


Isabel terá sido uma rainha muito piedosa, passando grande parte do seu tempo em oração e ajuda aos pobres. Por isso mesmo, ainda em vida começou a gozar da reputação de santa, tendo esta fama aumentado após a sua morte. Foi beatificada pelo Papa Leão X em 1516, vindo a ser canonizada, por especial pedido da dinastia filipina, que colocou grande empenho na sua canonização, pelo Papa Urbano VIII em 1625.

Com a invasão progressiva do convento de Santa Clara-a-Velha de Coimbra pelas águas do rio Mondego, houve necessidade de construir o novo convento de Santa-Clara-a-Nova no século XVII, para onde se procedeu à trasladação do corpo da Rainha Santa.


No dia 29 de Outubro seguinte (de 1677), ocorreu a trasladação do corpo santo da Rainha Santa Isabel, já no túmulo de prata, desde o velho Mosteiro (Santa Clara-a-Velha) para o novo Mosteiro de Santa Clara (Santa Clara-a-Nova).

O seu corpo encontra-se incorrupto no túmulo de prata e cristal.

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