O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu, ontem, no discurso final na Cimeira das Américas, uma nova era de cooperação com a América Latina que vá mais além da tradicional cooperação militar e da luta contra o narcotráfico. "Creio que os sinais mostrados até agora apresentam pelos menos uma oportunidades para um diálogo franco numa variedade de assuntos, incluindo a democracia e a defesa dos direitos humanos em todo o hemisfério", afirmou Obama.
Neste panorama de novas relações está também incluída Cuba, disse-o o próprio presidente norte-americano. Durante os vários dias da Cimeira, Obama mostrou-se conciliador ainda que firme na necessidade de que o Governo de Raul Castro dê os seus próprios passos no caminho da democracia. Ontem, no discurso final, Obama insistiu neste objectivo e na libertação dos presos políticos e lembrou que a política dos Estados Unidos não vai mudar repentinamente. Mais uma vez, voltou a reconhecer que a política dos EUA em relação a Cuba não resultou, porque, ao fim de 50 anos, o povo cubano continua a não ser livre.
O tom conciliador não foi, porém, suficiente para ultrapassar as já anunciadas objecções de alguns países à declaração final da Cimeira. Apesar isso, o primeiro-ministro de Trinidad e Tobago, o país que acolheu a cimeira, destacava o facto de "nunca antes se haver alcançado tal espírito de cooperação" e acrescentou que, com estas palavras, estava a "falar por todos".
Entre os argumentos para a não aprovação unânime do documento, estão a questão do embargo a Cuba, a reduzida presença no documento da crise económica mundial e até mesmo discussões sobre quais os países democráticos e quais os que o não são.
Países como a Bolívia e a Venezuela, que integram a Alternativa Bolivariana das Américas (ALBA), já tinham anunciado que não iriam assinar a declaração final, entre outros motivos por solidariedade com Cuba, que não é mencionada no texto, e que está excluída da Organização dos Estados Americanos (OEA) e sujeita a um embargo norte-americano desde 1962.
"Nunca tínhamos assistido a uma cimeira com o nível de interacção, franqueza e cordialidade que se sentiu em Trinidad e Tobago. Creio que estão estabelecidas as bases para relançar uma nova etapa nas relações", declarou o presidente mexicano Felipe Calderón. "Apesar de existirem pontos divergentes, o espírito foi construtivo e de respeito. A cimeira abriu um novo capítulo", disse também o presidente do Panamá, Martín Torrijos.
Obama reuniu-se separadamente em Trinidad com os líderes sul-americanos, centro-americanos e caribenhos. A todos garantiu o objectivo de iniciar um diálogo directo baseado no respeito mútuo.
O último dia da Cimeira decorreu no mesmo tom cordial que dominou todos os trabalhos. No encontro com os líderes centro-americanos (os restantes encontros decorreram nos dias anteriores), Obama abordou as questões da emigração, designadamente o repatriamento de cidadãos condenados e a situação dos imigrantes legais e ilegais nos Estados Unidos.
Neste panorama de novas relações está também incluída Cuba, disse-o o próprio presidente norte-americano. Durante os vários dias da Cimeira, Obama mostrou-se conciliador ainda que firme na necessidade de que o Governo de Raul Castro dê os seus próprios passos no caminho da democracia. Ontem, no discurso final, Obama insistiu neste objectivo e na libertação dos presos políticos e lembrou que a política dos Estados Unidos não vai mudar repentinamente. Mais uma vez, voltou a reconhecer que a política dos EUA em relação a Cuba não resultou, porque, ao fim de 50 anos, o povo cubano continua a não ser livre.
O tom conciliador não foi, porém, suficiente para ultrapassar as já anunciadas objecções de alguns países à declaração final da Cimeira. Apesar isso, o primeiro-ministro de Trinidad e Tobago, o país que acolheu a cimeira, destacava o facto de "nunca antes se haver alcançado tal espírito de cooperação" e acrescentou que, com estas palavras, estava a "falar por todos".
Entre os argumentos para a não aprovação unânime do documento, estão a questão do embargo a Cuba, a reduzida presença no documento da crise económica mundial e até mesmo discussões sobre quais os países democráticos e quais os que o não são.
Países como a Bolívia e a Venezuela, que integram a Alternativa Bolivariana das Américas (ALBA), já tinham anunciado que não iriam assinar a declaração final, entre outros motivos por solidariedade com Cuba, que não é mencionada no texto, e que está excluída da Organização dos Estados Americanos (OEA) e sujeita a um embargo norte-americano desde 1962.
"Nunca tínhamos assistido a uma cimeira com o nível de interacção, franqueza e cordialidade que se sentiu em Trinidad e Tobago. Creio que estão estabelecidas as bases para relançar uma nova etapa nas relações", declarou o presidente mexicano Felipe Calderón. "Apesar de existirem pontos divergentes, o espírito foi construtivo e de respeito. A cimeira abriu um novo capítulo", disse também o presidente do Panamá, Martín Torrijos.
Obama reuniu-se separadamente em Trinidad com os líderes sul-americanos, centro-americanos e caribenhos. A todos garantiu o objectivo de iniciar um diálogo directo baseado no respeito mútuo.
O último dia da Cimeira decorreu no mesmo tom cordial que dominou todos os trabalhos. No encontro com os líderes centro-americanos (os restantes encontros decorreram nos dias anteriores), Obama abordou as questões da emigração, designadamente o repatriamento de cidadãos condenados e a situação dos imigrantes legais e ilegais nos Estados Unidos.
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